segunda-feira, 1 de junho de 2009

Como NÃO conseguir ingressos para a FLIP

Segunda-feira, primeiro de junho. Na cidade de São Paulo, segundo o rodízio municipal de veículos, não rodam os carros com placas finais 1 e 2. Confesso que ter de sair de casa antes das sete da manhã as segundas-feiras sempre me incomodou muito, mas hoje não, não tinha desculpa para não chegar bem cedinho na fila de ingressos para FLIP.
E foi assim, faltando cinco minutos para as sete horas eu já estacionava meu carro em uma rua paralela a Avenida Paulista. Como a bilheteria da Fnac, ponto de venda dos ingressos, só abriria às dez da manhã, passei na padaria comprei um café, um pão de queijo, e fui toda feliz encarar três horas de espera sob um frio de 12º.
Tudo valia a pena, afinal, pra ver o Chico Buarque de pertinho até injeção na testa é bom negócio, umas horas de fila então, é moleza.
Mas enquanto o tempo ia passando, os boatos de que comprar ingressos para o evento era um verdadeiro caos foram aumentando. Aquelas pessoas que já tinham ido às feiras literárias dos anos anteriores começaram a contar suas péssimas experiências nas longas filas de espera que acabam com o sistema do Ingresso Fácil travando, nem preciso falar que minha gastrite já começou a bombar.
E não deu outra. Às dez horas em ponto a bilheteria abre, aquela confusão de velinhas querendo uma fila especial, fica combinado que seriam atendidos um da fila normal, um da fila de velinhos, e na hora que a primeira pessoa vai passar o cartão....FALHA DE SISTEMA!!!!!!!!!!!!
A galera começa a ficar estressada, todo mundo xingando todo mundo, as atendentes com cara de bunda, era óbvio que quando o sistema voltasse, as cadeiras pro Chico já iriam ter acabo. Tá na cara que eles fazem esquema e acabam com os ingressos das mesas principais antes mesmo das bilheterias abrirem.
Uma hora depois do começo da venda dos ingressos ninguém estava com o ingresso na mão. Dá pra acreditar? O cúmulo da falta de logística, de organização, e a maior falta de respeito com as pessoas que estavam ali. O que era pra ser a o instrumento de um momento de cultura e diversão, se torna dor de cabeça e mais estresse pros paulistanos acelerados.
E pra piorar um pouco mais, outro compromisso me obrigava a sair da fila até as onze horas, a solução? Passar o bastão pro namorado e o fazer ficar agüentando as velinhas raivosas.
O resultado final de cinco horas de fila foi um pouco frustrante, como falei os ingressos pro Chico não tinham mais, vou ter que vê-lo apenas pelo telão. Fala sério, daqui a pouco esse cara morre e eu nunca vou encontrá-lo, que raiva!!!!!
Conseguimos comprar pras outras palestras, entre elas a do Gay Talese, uma das mais esperadas, mas confesso que essa experiência traumática vai me fazer pensar duas vezes antes de querer ir pra FLIP do ano que vem.

Um comentário:

  1. Mas, como diria a Carla, "ele é liiindo"!
    A fila realmente não vale a pena, nunca mais fico horas esperando pra conseguir apenas telões. Mas credenciais de imprensa, dar uma de jornalista-paparazzi-tiete e a FLIP em si valem muito a pena! Mesmo com pingos no chuveiro e gripe suína no ar! (rs) =)

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