Sei que já estamos no final do mês de fevereiro, mas não custa nada falar que a Caros Amigos de fevereiro está nas bancas com uma série de artigos e reportagens sobre a questão Palestina, uma das matérias é minha.
No site www.carosamigos.com.br também tem uma outra matéria da página principal.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Era tudo mentira minha gente...
Na última postagem defendi a posição de que a brasileira Paula Oliveira foi atacada na Suiça, mas as últimas notícias, enfim, esclarecem o que aconteceu.
Para a tristeza de todos os brasileiros, e desespero daqueles que ainda acreditam na humanidade, Paula Oliveira confessou ter se auto-multilado e inventado a gravides.
Uma vergonha para todos nós...
Para a tristeza de todos os brasileiros, e desespero daqueles que ainda acreditam na humanidade, Paula Oliveira confessou ter se auto-multilado e inventado a gravides.
Uma vergonha para todos nós...
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Os eternos colonizadores
Na última semana, o caso da brasileira agredida na Suiça foi o grande assunto da mídia.
Logo nos primeiros dias depois do acontecimento a mídia brasileira estava solidária com o caso, falando de crime neonazista, entrevistando o Secretário dos Direitos Humanos, indignada com o tratamento dado no primeiro mundo.
Mas no decorrer da semana o tratamento foi mudando. Depois das declarações de peritos, da polícia, e da mídia suiça afirmando que a própria advogada brasileira tinha se auto-multilado e inventado uma gravidez, a nossa imprensa viajou nesse mesmo barco e passou a tratar esse crime como uma "suposta agreção".
Esse caso é um bom exemplo da relação colonizadores x colonizados que ainda existe no mundo. A Suiça, um país rico, com a criminalidade quase zero, com pessoas civilizadas, não pode deixar que o mundo todo saiba que lá existe jovens preconceituosos, agressivos, que ainda perpetuam em suas mentes a doentia idéia da raça superior. Por isso é preciso desmoralizar a gentinha lá de baixo, que vai pra Europa e ainda arruma confusão, e pra isso vale até artigo no jornal dizendo que no Brasil é comum as mulheres inventarem gravidez para garantir marido.
É pra pior ainda mais a diplomacia entre os países, o líder do Partido para o Povo Suiço, dono das siglas SVP que foram riscados no corpo da advogada, disse que o presidente Lula deveria pedir desculpas pelas declarações.
Isso tudo é um grande absurdo, uma insanidade que, se a mídia brasileira não se posicionar, vai perpetuar para o mundo.
Logo nos primeiros dias depois do acontecimento a mídia brasileira estava solidária com o caso, falando de crime neonazista, entrevistando o Secretário dos Direitos Humanos, indignada com o tratamento dado no primeiro mundo.
Mas no decorrer da semana o tratamento foi mudando. Depois das declarações de peritos, da polícia, e da mídia suiça afirmando que a própria advogada brasileira tinha se auto-multilado e inventado uma gravidez, a nossa imprensa viajou nesse mesmo barco e passou a tratar esse crime como uma "suposta agreção".
Esse caso é um bom exemplo da relação colonizadores x colonizados que ainda existe no mundo. A Suiça, um país rico, com a criminalidade quase zero, com pessoas civilizadas, não pode deixar que o mundo todo saiba que lá existe jovens preconceituosos, agressivos, que ainda perpetuam em suas mentes a doentia idéia da raça superior. Por isso é preciso desmoralizar a gentinha lá de baixo, que vai pra Europa e ainda arruma confusão, e pra isso vale até artigo no jornal dizendo que no Brasil é comum as mulheres inventarem gravidez para garantir marido.
É pra pior ainda mais a diplomacia entre os países, o líder do Partido para o Povo Suiço, dono das siglas SVP que foram riscados no corpo da advogada, disse que o presidente Lula deveria pedir desculpas pelas declarações.
Isso tudo é um grande absurdo, uma insanidade que, se a mídia brasileira não se posicionar, vai perpetuar para o mundo.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Despedida do Mino
Uma notícia me marcou a noite de ontem. Durante o jantar de aniversário da minha sogra o André disse: "Você viu que o Mino Carta parou de escrever?" Fiquei chocada com a notícia, sem entender direito.
Quando cheguei em casa liguei o computador e li o post de despedida (www.blogdomino.com.br), logo no começo do texto ele escreve: "Quando escolhi o Brasil como lugar definitivo da minha vida, optei também sobre o jornalismo."
E pelas justificativas apresentadas no texto, é a situação do Brasil de hoje, a decepção com o governo Lula, e a opção do Brasil em considerar Battisti como refugiado político, que o levaram a desistir no jornalismo.
Duas semanas atrás tive a oportunidade de conhecer Mino Carta pessoalmente, fui entrevistá-lo para uma matéria que estou fazendo para a Caros Amigos. Naquela mais de uma hora de conversa ouvi relatos da história moderna do Brasil pela boca de um de seus protagonistas.
Uma das perguntas que fiz foi sobre a situação da grande mídia hoje, e quais as perspectivas dele pro futuro, ele me respondeu categoricamente que para se obter mudanças "só com muito sangue na calçada." Mas esse é um processo duro e a longo prazo.
Enquanto não alcançamos tal objetivo, eu acredito que o papel desempenhado pela imprensa independente é fundamental. É o contra-ponto a informação dominante, a brecha do pensamento crítico.
Mino Carta tem seus motivos pra ter tomado essa decisão, só que mais uma vez a sociedade sai prejudicada por ter perdido uma de suas melhores cabeças.
Quando cheguei em casa liguei o computador e li o post de despedida (www.blogdomino.com.br), logo no começo do texto ele escreve: "Quando escolhi o Brasil como lugar definitivo da minha vida, optei também sobre o jornalismo."
E pelas justificativas apresentadas no texto, é a situação do Brasil de hoje, a decepção com o governo Lula, e a opção do Brasil em considerar Battisti como refugiado político, que o levaram a desistir no jornalismo.
Duas semanas atrás tive a oportunidade de conhecer Mino Carta pessoalmente, fui entrevistá-lo para uma matéria que estou fazendo para a Caros Amigos. Naquela mais de uma hora de conversa ouvi relatos da história moderna do Brasil pela boca de um de seus protagonistas.
Uma das perguntas que fiz foi sobre a situação da grande mídia hoje, e quais as perspectivas dele pro futuro, ele me respondeu categoricamente que para se obter mudanças "só com muito sangue na calçada." Mas esse é um processo duro e a longo prazo.
Enquanto não alcançamos tal objetivo, eu acredito que o papel desempenhado pela imprensa independente é fundamental. É o contra-ponto a informação dominante, a brecha do pensamento crítico.
Mino Carta tem seus motivos pra ter tomado essa decisão, só que mais uma vez a sociedade sai prejudicada por ter perdido uma de suas melhores cabeças.
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